Escolher os fluidos de corte adequados para polímeros é de extrema importância para garantir a eficiência e a qualidade do processo de usinagem. Os fluidos de corte e usinagem são usados para reduzir o atrito, dissipar o calor e melhorar o acabamento superficial durante o processo de usinagem. Polímeros possuem propriedades diferentes em comparação aos metais, como menor condutividade térmica e maior tendência a derreter ou deformar sob calor, o que pede fluidos específicos.
Conheça os principais tipos de fluidos de corte para polímeros:
Fluidos solúveis (a base de água):
Os fluidos solúveis são usados devido à sua capacidade de dissipar calor de maneira eficiente e evitar o superaquecimento dos polímeros, que podem derreter ou deformar. Além disso, eles são menos agressivos quimicamente, reduzindo assim o risco de degradação do polímero. Atualmente, os óleos solúveis são os fluidos mais utilizados nas empresas, em função de diversos fatores. Entre eles, menores custos de operação, múltipla aplicação e, sobretudo, proteção aos operadores e ao meio ambiente.
Fluidos à base de óleo:
Fluidos à base de óleo mineral são por vezes combinados com aditivos para melhorar suas propriedades de lubrificação e resfriamento. Esse fluido oferece boa lubrificação e pode ser usado em aplicações onde o calor gerado não é excessivo. Eles também ajudam a reduzir o atrito e melhorar o acabamento superficial. No entanto, devem ser escolhidos cuidadosamente para evitar reações químicas indesejadas com o polímero.
Fluidos sintéticos:
Os fluidos sintéticos são formulados com óleos sintéticos ou outros fluidos de base sintética e são os mais indicados para se trabalhar com polímeros. Isso porque eles são projetados para oferecer boas propriedades de lubrificação e refrigeração sem os inconvenientes dos óleos naturais, como a degradação ao longo do tempo. Um detalhe importante é que fluidos sintéticos podem ser formulados para serem compatíveis com diferentes tipos de polímeros.
Fluidos semi-sintéticos:
Combinando as vantagens dos fluidos de corte à base de óleo e dos fluidos sintéticos, há o fluido semissintético. Ele oferece boa lubrificação e capacidade de resfriamento e são ótimos em operações que pedem um equilíbrio entre a lubrificação e a dissipação de calor.
Refrigerantes de ar:
Alguns materiais precisam ser resfriados devido à sua baixa capacidade de dissipação de calor. Os sistemas de refrigeração surgiram como uma inovação no controle da temperatura. Para polímeros que são sensíveis ao calor, como o PA, o uso do resfriamento pode ser uma alternativa eficaz, auxiliando na remoção de partículas e mantendo a temperatura da peça em níveis baixos para evitar o ponto de fusão do material.
No entanto, é necessário escolher o método adequado de refrigeração, o qual varia conforme o tipo e os métodos de usinagem, o material a ser trabalhado e a sua superfície.
Ar comprimido
O ar comprimido é um tipo de refrigeração usado para o escoamento de cavaco, porém não remove eficientemente o calor como outros tipos de refrigerações. Ele é eficaz quando o material a ser usinado tem boa dissipação térmica, sendo o caso de alguns polímeros como o PEAD, que não gera muito atrito na ferramenta, comparado ao PA, consequentemente o jato de ar supre a necessidade do material.
Fluidos de corte de baixa viscosidade:
Além de todas essas características é importante considerar o nível de viscosidade do fluido. Polímeros requerem fluidos de baixa viscosidade para evitar o acúmulo de material no ferramental e nas peças usinadas. Isso ajuda a manter a precisão dimensional e o acabamento superficial.
Por que esses fluidos são importantes?
- Dissipação de calor: polímeros tendem a derreter ou deformar sob altas temperaturas. Fluidos de corte ajudam a dissipar o calor gerado durante a usinagem, mantendo a estabilidade dimensional do material.
- Lubrificação: reduz o atrito entre a ferramenta e a peça de trabalho, o que é importante para evitar a formação de rebarbas e melhorar o acabamento superficial. Fluidos que contêm aditivos lubrificantes podem ajudar a melhorar a qualidade da superfície da peça usinada e prolongar a vida útil das ferramentas.
- Remoção de cavacos: facilita a remoção de cavacos e partículas do local de corte, prevenindo a contaminação da superfície usinada e o acúmulo de material na ferramenta.
- Proteção da ferramenta: minimiza o desgaste da ferramenta, prolongando a sua vida útil e mantendo a eficiência do processo de usinagem.
Considerações ao escolher um fluido de corte
- Compatibilidade com o polímero: certifique-se de que o fluido escolhido não reage quimicamente com o polímero que está sendo usinado.
- Tipo de operação de usinagem: alguns fluidos são melhores para operações específicas, como fresamento, torneamento ou perfuração.
- Condições de usinagem: considere as velocidades de corte, avanços e profundidades de corte ao selecionar o fluido de corte.
Ao escolher um fluido de corte para usinagem de polímeros, é importante considerar a compatibilidade química com o material, o método de usinagem e as condições de corte (velocidade, avanço, profundidade de corte, etc).
Lembre-se sempre da importância de consultar um operador qualificado para orientação personalizada com base nas suas necessidades específicas de usinagem em polímeros. A escolha correta do fluido de corte pode fazer toda a diferença no resultado da peça.
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